No cenário atual, a segurança digital não é apenas uma questão corporativa, ela é uma necessidade que atravessa a porta das empresas e chega às nossas casas. Inspirado pelo Dia dos Pais, este artigo da NetSafe Corp propõe uma reflexão sobre como líderes e profissionais de segurança da informação, acostumados a proteger ativos corporativos, também têm o papel de proteger os “ativos” mais valiosos: suas famílias.
As ameaças que já chegaram ao ambiente doméstico
Segundo dados do Gartner (Forecast Analysis: Information Security, Worldwide, 2024), três riscos se destacam como tendências de crescimento que afetam diretamente famílias conectadas:
- Deepfakes e manipulação de mídia: até 2026, estima-se que 90% do conteúdo digital possa ser gerado ou alterado por IA, aumentando riscos de fraudes, extorsões e difamações.
- Vazamento de dados pessoais: com o aumento de cadastros online e compartilhamento de informações, o roubo de identidade já representa 20% dos incidentes de segurança registrados globalmente.
- Ataques a dispositivos domésticos: redes de IoT (Internet das Coisas), como câmeras, assistentes virtuais e eletrodomésticos inteligentes, são alvo crescente de invasões. Em 2023, o volume de ataques a dispositivos domésticos cresceu 38% segundo a Kaspersky.
Essas ameaças não distinguem se o alvo é um servidor corporativo ou um notebook familiar, e é justamente aí que começa a interseção entre segurança no trabalho e segurança no lar.
A interseção entre segurança corporativa e doméstica
Profissionais de segurança da informação estão acostumados a implementar firewalls, autenticação multifator e políticas rígidas nas empresas. Mas, muitas vezes, a rede doméstica, que também carrega informações sensíveis e acesso a contas corporativas, permanece vulnerável.
O mesmo conhecimento usado para proteger sistemas corporativos deve ser aplicado para proteger:
- Dispositivos usados por filhos para estudo e lazer;
- Celulares e notebooks pessoais que também acessam e-mails de trabalho;
- Câmeras e sistemas de automação conectados à internet.
Em outras palavras, o papel do pai ou mãe profissional de segurança não termina ao tirar o crachá: a proteção deve acompanhar a família.
Dicas práticas para proteger a família
- Eduque sobre engenharia social: Ensine crianças e adolescentes a não compartilhar dados pessoais, fotos ou senhas.
- Implemente autenticação multifator em todos os serviços: Não apenas nos corporativos.
- Mantenha dispositivos atualizados: Atualizações de segurança são essenciais para evitar vulnerabilidades.
- Segmente a rede doméstica: Crie redes separadas para dispositivos IoT e para computadores pessoais.
- Monitore o uso de IA generativa: Oriente sobre riscos de exposição em ferramentas que coletam dados inseridos pelos usuários.
Cultura de segurança além do crachá
Na NetSafe Corp, defendemos que a cibersegurança é uma prática que deve ser incorporada à vida como um todo. Uma cultura de segurança bem estabelecida começa no ambiente corporativo, mas só se torna realmente eficaz quando alcança o ambiente doméstico, envolvendo cada membro da família.
Como pais, provedores e protetores, os líderes de segurança têm a oportunidade, e a responsabilidade, de transformar conhecimento técnico em proteção prática, garantindo que o bem-estar digital da família esteja tão seguro quanto o da empresa.