Na era da hiperconectividade, a cibersegurança vive um paradoxo: quanto mais digital nos tornamos, menos podemos confiar por padrão. A digitalização acelerada, combinada ao uso de ambientes multicloud, dispositivos móveis e modelos híbridos de trabalho, desfaz a ideia tradicional de um perímetro seguro e claramente definido.
Se antes a estratégia era proteger o que estava “dentro da rede”, hoje os dados, acessos e usuários estão espalhados em múltiplos ambientes, times descentralizados e integrações externas. Nesse novo cenário, a pergunta não é mais se sua empresa será atacada, mas como ela estará preparada quando isso acontecer. E a resposta cada vez mais aceita pelo mercado tem nome: Zero Trust.
O que é Zero Trust, afinal?
O conceito de Zero Trust, ou “confiança zero”, foi desenvolvido com base em um princípio simples: nunca confie automaticamente em nada nem ninguém, mesmo que esteja dentro da rede corporativa.
Segundo o National Institute of Standards and Technology (NIST), o modelo Zero Trust se baseia em:
- Verificação contínua da identidade dos usuários
- Controle de acesso baseado em contexto
- Monitoramento constante de atividades
- Aplicação de least privilege (acesso mínimo necessário)
Ou seja, é uma abordagem que assume que qualquer ponto da infraestrutura pode estar comprometido e, por isso, exige autenticação e autorização contínuas em cada solicitação.
Ambientes híbridos e multicloud: os novos territórios do risco
Com a popularização do modelo híbrido de trabalho e a adoção de soluções multicloud, o cenário de segurança se tornou ainda mais complexo. Um relatório da IBM Security indica que 83% das organizações sofreram mais de uma violação de dados em 2023, sendo que 45% das falhas envolveram terceiros ou ambientes externos.
Cada nuvem, API, colaborador remoto ou aplicação SaaS se torna uma nova superfície de ataque, e confiar apenas em firewalls ou em regras fixas de rede é uma estratégia cada vez mais insuficiente.
A implementação do modelo Zero Trust se tornou essencial para mitigar riscos em:
- Ambientes multicloud com diferentes fornecedores (AWS, Azure, Google Cloud)
- Fornecedores externos que acessam dados ou infraestruturas críticas
- Colaboradores remotos com dispositivos próprios ou redes públicas
- Aplicações em containers e microsserviços, com múltiplos pontos de acesso e integração
O que muda na prática?
A transição para uma arquitetura Zero Trust não é um produto, mas uma mentalidade de segurança contínua. Ela exige mudanças em processos, tecnologias e cultura organizacional.
Entre os pilares da aplicação prática, destacam-se:
1. Identidade e autenticação reforçada
Autenticação multifator (MFA), biometria e validações por contexto (dispositivo, geolocalização, hora de acesso) são ferramentas obrigatórias.
2. Microsegmentação da rede: Divide a infraestrutura em zonas menores, isolando acessos e limitando a movimentação lateral de invasores.
3. Monitoramento e resposta contínua: Uso de soluções de MDXR (Managed Detection, Extended Response) que identificam e reagem em tempo real a comportamentos anômalos.
4. Governança e visibilidade: Mapeamento constante de ativos digitais, permissões e fluxos de dados.
Como a NetSafe Corp aplica o modelo Zero Trust?
A NetSafe Corp, empresa especializada em serviços gerenciados de cibersegurança, tem atuado junto a organizações públicas e privadas na implantação de arquiteturas Zero Trust adaptadas à realidade brasileira.
Com uma abordagem centrada em ambientes híbridos e multicloud, a NetSafe oferece:
- Gerenciamento de identidade e acesso (IAM) com políticas personalizadas
- Monitoramento contínuo com IA e análise comportamental
- Resposta a incidentes 24/7 com equipe especializada
- Proteção de APIs, endpoints e ambientes SaaS
- Assessment completo de maturidade de segurança
Além disso, a empresa atua com a premissa de que confiança digital precisa ser conquistada em cada transação, e não presumida. Essa visão coloca a NetSafe à frente no apoio a empresas que buscam escalar com segurança, mantendo a integridade dos seus dados e processos.
Conclusão: confiança é o novo perímetro
Vivemos em um cenário onde fronteiras digitais se dissolvem a cada nova tecnologia incorporada. Nesse contexto, o maior risco é presumir segurança onde não há garantias.
Adotar o modelo Zero Trust é uma resposta pragmática ao desafio da era digital: em vez de ampliar muros, é preciso reduzir brechas, reforçar identidades e vigiar os fluxos em tempo real.
A NetSafe Corp está preparada para ajudar sua empresa a fazer essa transição de forma estratégica, segura e alinhada com as melhores práticas globais.