Ao contrário do que pensam, higienização digital não é um mero conceito de limpeza de dados ou de cadastro, tampouco é passar um antivírus no computador e achar que efetuou um check-up na máquina. Trata-se de uma questão de sobrevivência virtual. Esqueça aquelas listas com temas do tipo “10 dicas para uma gestão de dados empresariais eficiente”. O coaching dos dados é algo muito mais simples e primordial: lavar as mãos.
Há pouco tempo, descobriu-se que o ato de lavar as mãos foi importante para dobrar a expectativa de vida da espécie humana, pois ajudava a evitar contaminações por vírus e bactérias. Fazendo um paralelo com o mundo virtual, só o ato de se fazer algo mínimo para proteção dos dados já faz muita diferença em termos de segurança digital.
Assim como no mundo real, vírus virtuais existem em todos os lugares. Para entrar na internet sem se adoecer a cada clique é necessário, pelo menos, higienização digital para proteger seus dados. Por mais simples que essa analogia possa parecer, é muito comum que a maioria das empresas só tomem alguma atitude depois que já sofreram algum ataque. Raramente se preparam de forma preventiva.
Enquanto algumas doenças são erradicadas através de métodos complexos, no mundo virtual a vacina é muito mais simples. Consiste em adotar atitudes diárias de precaução e prudência visando o resguardo da vida digital de seus dados. E essas ações estão mais acessíveis do que as pessoas costumam imaginar.
Mudanças de hábitos vêm com o tempo
Através de ações diárias, há certas atitudes que já podem ser internalizadas dentro de ambientes corporativos. Por exemplo, treinar os funcionários a ter senso crítico e não clicar em links suspeitos. “Depois de comer, escove os dentes. Se desconfia do link, não clique”.
Outro ato prático de higienização digital é: não use a mesma senha em tudo. Além disso: use senhas fortes. E se tiver dificuldade de memorizar todas elas, não anote no seu bloco de notas, mas sim, baixe um aplicativo gerenciador de senhas. Alguns dispositivos móveis já vêm com esse serviço de fábrica. É como guardar seus produtos de higiene em uma necessaire.
Sempre que possível, não acesse dados sigilosos – bancários – , em de redes públicas, como no café da esquina, por exemplo. Normalmente, há tipos de malwares capacitados para roubar suas informações, quando acessadas nessas redes. Além disso, sempre que acessar um computador público, não esqueça de se “deslogar” dos sites que exigem senha.
Essa vai exigir um pouco mais de afeto à vida digital dos seus dados: mantenha sua carteirinha de vacinação em dia, ou, em linguagem neural, atualize sempre os softwares do seu computador e/ou dispositivos móveis. Dessa forma, você estará protegido pelo menos dos vírus já conhecidos.
Assim como medidas preventivas geram economias mais significativas na saúde, no mundo virtual, se investir em prevenção também é mais rentável do que pagar por proteção e gestão depois que os ataques já aconteceram. Em outras palavras, não faz sentido preferir gastar com estrutura hospitalar e continuar a ser uma pessoa anti-higiênica, ao invés de manter hábitos de vida saudáveis e economizar com remédios amargos.
De fato, são atitudes tão simples quanto o ato de lavar as mãos que trarão, a curto, médio e longo prazo, um resultado saudável e longevo para seus dados, tanto pessoais, quanto corporativos. Consequentemente, sua empresa estará num ambiente virtual mais seguro e sadio do ponto de vista da proteção da informação.
Por Waldo Gomes, diretor de marketing e relacionamento da NetSafe Corp