A popularização do uso da quinta geração de telefonia celular, conhecida por 5G, ainda caminha em passos lentos no Brasil e mundo, mas já é alvo de muitas análises acerca de sua utilidade, principalmente ao mercado de trabalho com a abertura de novas oportunidades de conexão. Porém, a segurança é um ponto de alerta.  

Isto porque, juntamente com a nova tecnologia, que proporciona novas e melhores experiências para a conexão dos usuários, os sistemas estão mais abertos a ataques e invasões, além de integrarem máquinas inteligentes e Internet das Coisas. 

Ao passo que o 5G será um aliado fundamental dos negócios, beneficiando todas as esferas da sociedade — desde as empresas até o consumidor final, seu uso e proteção deve ser considerado.  

Para os usuários, significa não apenas uma internet móvel mais rápida, mas também a conectividade com a rede em uma quantidade muito maior que se tem hoje. Carros e casas inteligentes conectadas totalmente via internet, são dois exemplos da grande revolução sustentada pelas redes 5G. 

Já nas empresas, a automação de processos é aprimorada ainda mais com o uso de aparelhos inteligentes integrados e conectados em um único sistema, melhorando a produtividade da companhia e reduzindo os erros nas atividades. 

Saiba mais em: IA e Cibersegurança, por que apostar nesta dupla? 

Dentre mais vantagens que o sistema 5G oferece, estão: 

• Mais responsivo do que o 4G, com latência mais baixa, o que se refere ao tempo levado pelas comunicações entre dispositivo e rede. Já que os dispositivos se comunicam com a rede mais rapidamente, você poderá acessar os dados com maior velocidade. 
• Maior economia de energia, pois pode mudar para o uso de baixa energia quando as redes celulares não estão em uso, prolongando a vida útil da bateria do dispositivo e permitindo que os dispositivos não exijam tantas recargas. 
• O 5G oferece um serviço potente, ágil e mais confiável do que o 4G, devido ao melhor uso da largura de banda e mais pontos de conexão. Com menos estresse na rede, os custos dos dados ficar abaixo dos valores para as redes 4G. 
• Capacidade maior para suportar mais dispositivos, pois expande as ondas de rádio disponíveis. Os problemas de congestionamento que levam à lentidão do serviço serão reduzidos quando o 5G entrar em operação. 

Porém, diante toda a conectividade e praticidade das relações, os perigos já identificados podem culminar em consequências mais severas com o uso latente e massivo.   

Quando se trata de 5G e segurança, as principais preocupações são: 

1. Mais largura de banda dificultará o monitoramento da segurança atual 

Os benefícios de uma rede 5G expandida podem afetar negativamente a segurança. Uma vez que a velocidade e o volume adicionados desafiarão as equipes de segurança para criarem novos métodos mais potentes que detenham as ameaças constantes. 

2. Segurança insuficiente 

À medida que mais dispositivos são incentivados a se conectar, bilhões deles com níveis variados de segurança representam outros bilhões de possíveis pontos de violação. TVs, fechaduras, geladeiras e alto-falantes inteligentes podem representar um ponto fraco para a rede. A falta de padrões de segurança para dispositivos IoT significa que as violações de rede e as invasões podem sair do controle. 

3. Ataques e invasões hackers 

A ausência de criptografia desde o início do processo de conexão revela informações que ajudam os hackers a saber exatamente quais dispositivos estão conectados à rede. Detalhes como sistema operacional e tipo de dispositivo (smartphone, modem automotivo, etc.) podem ajudar os invasores a planejar ataques mais assertivos e precisos.

4. Endpoints 

O uso de dispositivos compartilhados, como computadores públicos, por exemplo, é altamente perigoso. A rede de internet Wi-Fi aberta facilita as ações dos hackers, uma vez que esses ambientes não contam com filtros de ameaças configurados adequadamente para proteger os dados da empresa, dos funcionários e de seus clientes. 

É fundamental exigir que todos os dispositivos conectados à rede da sua empresa possuam métodos de segurança, investindo em uma política de acesso rigorosa. 

E levando o contexto em que a cibersegurança se encontra no Brasil, o reforço precisa ser redobrado na proteção digital. Somente em 2021, foram um total de 24,19 milhões de usuários que tiveram dados violados, fazendo o país ser o sexto colocado no ranking mundial de maiores ataques cibernéticos, segundo levantamento da SurfShark. 

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